O ano de 2023 será o ‘divisor de águas’ para Tangará da Serra na questão da segurança hídrica. Além das boas chuvas de 2022, investimentos na infraestrutura do abastecimento são fundamentais para manter a normalidade no abastecimento de água na cidade já a partir desse mês de janeiro.
É o que garantiu o o diretor do Samae, Heliton Luiz de Oliveira, em entrevista ao jornalista Sergio Roberto, do site Enfoque Business.
Segundo o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), melhoramentos na distribuição de água e interligações foram realizados ao longo do ano passado, como a recuperação operacional do reservatório do Residencial Valência e melhorias na rede de distribuição que passa pela rua 32, no Jardim Tarumã, uma das localidades urbanas que mais sofrem com desabastecimento.
“Abastecemos 11 bairros a partir desse reservatório no Valência e conseguimos melhorar a distribuição no Tarumã aumentando a pressão na rede lá na rua 32”, afirma o diretor da autarquia, Heliton Luiz de Oliveira.
Outra medida essencial para o atendimento da demanda da cidade foi a interligação de poços artesianos na rede. Como a ETA está com sua capacidade de tratamento exaurida, os poços artesianos representam um reforço importante para complementar a oferta de água tratada, em especial na época da estiagem, quando o consumo aumenta de forma significativa. “Todos os poços artesianos que temos na cidade estão interligados na rede e estamos trabalhando para disponibilizar outros poços”, diz o diretor do Samae.
Adução e tratamento
Projeto prevê ampliação da capacidade de tratamento de 300 litros/segundo para 675 litros/segundo.
Para 2023 o Samae contará com um orçamento de R$ 50 milhões. Com esse numerário, a autarquia tem duas metas em 2023 para solucionar de vez o gargalo da insegurança hídrica: a execução das obras do sistema de adução de água do rio Sepotuba e a ampliação da capacidade de tratamento de água, que já chegou ao limite na ETA Queima Pé.
Sobre o sistema de adução, grande parte dos investimentos já ocorreu ano passado com a aquisição de materiais e equipamentos, ficando para esse ano a contratação de empresa para execução da obra. Com edital já publicado pelo Samae (https://www.samaetga.com.br/Licitacoes/594/), o certame licitatório será aberto no próximo dia 23.
Porém, de nada adianta disponibilidade de água bruta para tratamento se não há como tratá-la. Assim, uma exigência para o atendimento da demanda de consumo da cidade são os investimentos na ampliação da capacidade de tratamento.
Segundo Heliton de Oliveira, a solução desse problema já está encaminhada. “Já temos o projeto e estamos buscando os recursos para esse investimento, que ficará em torno dos R$ 15 milhões”, informa.
Pelo projeto de ampliação, o sistema passará a contar com uma segunda estrutura capaz de tratar 375 litros de água por segundo. Com isso, Tangará da Serra passará da atual capacidade de 300 litros/segundo para 675 litros/segundo. “Vamos mais que dobrar nossa capacidade de tratamento”, completa.
A ampliação do sistema de tratamento de água da cidade está prevista no Plano Municipal de Saneamento Básico, elaborado ainda em 2020. Os recursos para o investimento deverão ter origem em emendas parlamentares e/ou financiamento contratado pela autarquia.
Fonte da Notícia: Sergio Roberto/Enfoque Business
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